Há exatamente um ano e três dias, Germán Cano, do Fluminense, estava no Catar, na final da Copa do Mundo, torcendo pela Argentina. Especialista em gols, o atacante virou torcedor, enquanto, em campo, uma das esperanças era Julián Álvarez, atacante do Manchester City. Nesta sexta-feira, em Jedá, na Arábia Saudita, os dois jogadores se enfrentam na final do Mundial de Clubes.
Sim, o confronto que esperávamos para esta final do Mundial entre Fluminense e City, que será às 15h, nesta sexta-feira, no estádio Joia do Rei, não era entre Germán Cano e Julián Álvarez. A expectativa era de um duelo entre Cano e Haaland, os artilheiros do mundo. No entanto, o norueguês está fora da competição por lesão, e Álvarez pode ser titular na decisão.
Fenômeno tardio x jovem prodígio
Os dois atacantes têm carreiras bem distintas. Germán Cano é daqueles casos raros de jogadores que “explodem” tarde. Sem uma passagem marcante no futebol argentino, o atacante de 35 anos fez seu nome no Campeonato Colombiano, quando se destacou e foi para o Vasco, seu primeiro time no Brasil. Após dois anos, trocou de time no Rio e foi para o rival Fluminense, onde conquistou a Libertadores e um bicampeonato carioca.
Julián Álvarez, por sua vez, era badalado desde a base. Joia do River Plate, o atacante ganhou os holofotes na temporada 2021, quando fez 31 gols em 68 partidas, chamou a atenção do futebol mundial e foi vendido para o poderoso Manchester City por R$ 111 milhões. Antes, o atacante já havia feito parte do título da Libertadores do River em 2018.
Com apenas 23 anos, Julián Álvarez já praticamente “zerou” o futebol mundial. O atacante coleciona títulos por onde passou, seja clube ou seleção, mas falta o Mundial de Clubes. No Manchester City, Álvarez conquistou a Liga dos Campeões, o Campeonato Inglês e a Copa da Inglaterra. No River Plate, venceu a Libertadores, o Campeonato Argentino e a Copa Argentina. Na seleção, venceu a Copa do Mundo e a Copa América.
Apesar dos títulos, Álvarez e Cano têm status diferentes em seus clubes. O artilheiro do Fluminense é titular absoluto e já é um dos maiores ídolos da história do clube. Em eleição no ge, o atacante ficou em terceiro na lista dos maiores jogadores.
Já Álvarez tem a concorrência de Haaland no City, mas, nesta temporada, foi titular em todos os jogos da Premier League. Na Champions, o atacante atuou em todas as partidas, mas foi titular em apenas uma. Na semifinal do Mundial, o argentino entrou no segundo tempo, nos 25 minutos finais.
Participações em Mundial
Apesar de esta ser a primeira vez de Fluminense e Manchester City em um Mundial de Clubes, os dois atacantes argentinos já disputaram o torneio por outros clubes.
Em 2017, Germán Cano defendeu o Pachuca, contra o Grêmio, na semifinal da competição. O argentino entrou nos 15 minutos finais da prorrogação, mas passou em branco na eliminação da equipe mexicana.
No ano seguinte, Julián Álvarez defendeu o River Plate, campeão da Libertadores de 2018. O atacante não entrou em campo na semifinal, quando a equipe argentina foi eliminada pelo Al-Ain, dos Emirados Árabes. Depois, o argentino foi titular na vitória sobre 4 a 0 contra o Kashima Antlers, partida na qual deu uma assistência.
Companheiros na seleção?
Antes da Copa do Mundo, alguns jogadores do Fluminense já faziam campanha para Scaloni, técnico da seleção argentina, convocar Germán Cano. O frisson aumentou ainda mais após o título da Libertadores do Tricolor, com até Marcelo entrando na campanha.
Desde que estreou pelo Fluminense, Germán Cano marcou mais gols do que todos os atacantes convocados para a seleção da Argentina nesta Data Fifa, incluindo Julián Álvarez. O atacante tricolor marcou 84 gols contando todas as competições que disputou de janeiro de 2022 em diante. O argentino do Manchester City balançou as redes em 50 oportunidades.