O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, esteve em Minas Gerais nesta quarta-feira (16) e participou da solenidade de entrega de 30 veículos pesados da Iveco, no Complexo Industrial em Sete Lagoas (MG), dentro do programa de renovação da frota de ônibus e caminhões do país, que estabelece um mecanismo de desconto para facilitar a compra de veículos mais sustentáveis por autônomos e pessoas jurídicas. Alckmin e o governador de Minas, Romeu Zema, chegaram juntos à cerimônia em um tanque Guarani, blindado fabricado pela Iveco para as Forças Armadas.
Para participar da iniciativa, os caminhões e os ônibus com mais de 20 anos devem ser encaminhados para a reciclagem do setor de siderurgia antes de a nova compra ser efetivada. Os descontos variam de R$ 33 mil a R$ 99 mil por veículo.
O presidente da Iveco para a América Latina, Marcio Querichelli, exaltou o programa de renovação de frotas e até pediu uma prorrogação do prazo para as vendas dos veículos novos.
“Iniciativas como o programa de renovação de frotas estão de acordo com nossa política de sustentabilidade. E esperamos que o prazo seja prorrogado”, disse.
Querichelli também pediu empenho do governo federal nas tratativas com o Banco Central para redução ainda maior na taxa básica de juros, que hoje está em 13,25% ao ano. “Tem que ficar abaixo de dois dígitos. Nosso mercado está travado por isso”.
Grande investimento
A Iveco realizou nos últimos três anos um investimento de R$ 600 milhões no Complexo Industrial de Sete Lagoas (MG) e, como resultado do aporte, mantém um crescimento sustentável. Exemplo disso é que no mês de julho deste ano a marca alcançou a sua maior participação de mercado no Brasil, 11,4%.
Durante a solenidade, o vice-presidente Geraldo Alckmin disse que o governo federal resolveu abrir mão de arrecadação, para a indústria automotiva não continuar enfrentando um momento tão difícil. E comentou a situação dos veículos pesados, cuja frota ainda é muito envelhecida no Brasil.
“Anos atrás, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) decidiu que só podia ter motor Euro VI, é ótimo, polui menos, é mais eficiente, só que ficou mais caro. E sempre que você muda tecnologia e fica mais caro, dá uma parada nas vendas. Então o governo federal colocou R$ 1 bilhão em créditos tributários: R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus. Há mais de 500 mil veículos pesados no país com mais de 25 anos de uso, é uma frota envelhecida que polui muito”.
Alckmin também destacou que os caminhões novos irão proporcionar “mais segurança nas rodovias, pois os acidentes estão entre as principais causas de mortes no Brasil”.
