Ao menos no que se trata de Rondônia. Mais especificamente estamos falando do fisioterapeuta, Adriano da Silva, de 45 anos, o Mineiro. É pelas ruas de Ariquemes que ele ostenta o rapomóvel. Que, segundo ele, é a prova de amor ao Cruzeiro.
No clube e da pandemia. Hoje, Mineiro tem um carro popular todo caracterizado com as cores e referências à raposa. A ideia veio da observação de um fusca personalizado. Mas ele não contava com o decaimento do Cruzeiro e a pandemia. Porém, ele se manteve firme no objetivo.
Eu caracterizei ele todo de Cruzeiro. Estive em Minas e vi uns carros personalizados que me chamaram atenção. Queria um fusca, mas estava custando uns 30 mil. Decidi então por um popular. Procurei em site de busca na internet e achei um 2008/2008. No mesmo dia, estava em Cacoal para buscar, levei o dinheiro no bolso, cheguei e paguei pra ele e trouxe ele para Ariquemes no mesmo dia.
Após a buscar para decorar o carro, tudo tinha que ser perfeito. Desde a tonalidade das cores até as peças. Porém, não foi tão fácil assim achar no Vale do Jamari alguém que fizesse do “jeito correto” que o torcedor queria.
Foi uma saga para conseguir fazer o carro. Na primeira lanternagem, expliquei como deveria ficar e não conseguiram. Tive de levar para outra. Lá deixaram o carro da maneira certa. Eu mesmo que comprei a tinta e pesquisei a tonalidade. Comprei bancos de um carro mais atual e levei para Porto Velho para fazer estofamento. Pneus, ar, troquei tudo. E ainda acho que pode melhorar. Vou levar para a revisão. E, assim que passar, ficará mais com cara de cruzeirense.
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Ropomóvel de torcedor morador de Rondônia — Foto: Arquivo Pessoal
Para chegar a esse ponto, tem que ter paixão pelo clube. Assim como boa parte dos moradores de Rondônia, Mineiro carregou de Vazante na migração em 1994 para o norte a admiração pelo clube que cresceu na cidade.
Minha paixão veio de Minas para Rondônia comigo. Desde criança admirava o clube. Em Vazante, apenas as maiores personalidades da cidade eram os que tinham televisão, em preto e branco. Eram cruzeirenses. Quando chegavam perto da casa deles, estavam decoradas de Cruzeiro. Ainda tenho um tio que é cruzeirense mesmo. Aquilo foi ficando na minha cabeça.
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Adriano da Silva, o Mineiro, torcedor do Cruzeiro, em Ariquemes — Foto: Arquivo Pessoal
O Cruzeiro quarto melhor do Brasil. A marca Cruzeiro é muito boa ainda. Acredito que o clube vá dar volta por cima. A questão do clube empresa pode ajudar e muito. Temos investidores de fora do país que podem chegar. Outros clubes como Botafogo, Vasco, devem seguir essa tendência. A Inglaterra é um exemplo positivo dessa gestão. Podemos seguir eles.
Diante disso, torcedores de outros clubes mineiros como Atlético e América comemoram momentos positivos na Série A. E, até o acesso da Tombense da Série C para a B. Porém, Adriano tem um recado direto de Rondônia para esses.
– O verdadeiro torcedor é aquele que torce para o time não só nas vitórias mais sim nas dificuldades. Vejo torcedores de equipes que estão em momentos melhor como Flamengo e Palmeiras vaiando a equipe mas eles estão ganhando títulos. O torcedor tem que ser apaixonado pelo time. Igual na vida nem tudo a gente consegue levar para um bom tempo. E o recado que eu dou para os outros times é o seguinte: O Cruzeiro vai dar a volta por cima e ainda vai fazer grandes clássicos pelo Brasil. Vocês podem crer nisso.