A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, diz estar pronta para conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre uma possível demissão. Daniela vem sido pressionada a deixar o cargo há algumas semanas. O União Brasil, antigo partido da ministra, deseja que ela seja substituída pelo deputado Celso Sabino (UB-PA).
“Sigo trabalhando. A hora que o presidente chamar para conversar estou aqui à disposição. Estou aqui para servir o Brasil, servir o presidente Lula através da indicação dele. A hora que ele quiser conversar comigo eu estarei pronta”, afirmou nesta quarta-feira (28) em Lisboa, onde participa de um fórum na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
A troca é importante para o partido, tanto que integrantes prometem atrair mais votos de sua bancada na Câmara, que conta com 59 deputados. A situação de Daniela se agravou quando ela pediu desfiliação do União Brasil.
A ministra afirmou estar com a consciência tranquila por ter realizado um bom trabalho à frente da pasta. “Eu vivo hoje. Vamos seguir hoje de cabeça erguida, com muita tranquilidade, com a consciência de estar fazendo um bom trabalho —que tem que ser feito— seguindo todas as metas, os objetivos e as orientações do presidente Lula.”
Ela disse, também, que seguirá apoiando o governo Lula, mesmo que deixe o cargo. “Apoiei o presidente Lula no Rio de Janeiro com muito prazer, muito orgulho. Tenho orgulho de fazer parte do governo do presidente Lula e eu estou aqui com uma fiel escudeira defendendo o presidente Lula.”
Ainda em junho, tanto a ministra quanto seu marido, prefeito de Belford Roxo, Walguinho, disseram a aliados que não veem motivos para que ela peça exoneração do ministério. Eles argumentam que o cargo é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que cabe a ele tomar iniciativa de demitir a ministra.
Lula, por sua vez, teria comunicado a Celso Sabino, em momento reservado, que a situação com o União Brasil estaria resolvida e que eles voltariam a conversar para selar a mudança no Ministério quando ele retornasse da Europa.
Sabino já encomendou estudos sobre o tema para auxiliar projetos da nova gestão.
