O São Paulo de tantas glórias do passado volta a ser protagonista no presente, com uma conquista nacional depois de 15 anos – desde o Brasileirão de 2008. O título inédito da Copa do Brasil coloca o clube em condição de entrar como um dos favoritos a brigar por mais taças na próxima temporada.
Isso porque a conquista do torneio mata-mata não foi uma mera casualidade. O São Paulo vem construindo equipes competitivas nos últimos anos, mas batia na trave em derrotas por detalhes, como na final da Copa Sul-Americana do ano passado.
O título depois do empate por 1 a 1 com o Flamengo, no domingo, comprova que a equipe criou uma casca e está pronta para bater de frente com as melhores do Brasil e, porque não, da América do Sul. O Tricolor, afinal, está de volta à Libertadores.
A competitividade do elenco pode aumentar ainda mais para 2024 caso Lucas Moura estenda o seu contrato. Ele tem vínculo até o final desta temporada e ainda não definiu se irá continuar. A diretoria do São Paulo prometeu muitos esforços para a sua manutenção.
Além disso, é esperado que James Rodríguez viva um novo e melhor momento quando readquirir a sua melhor forma física. O Tricolor foi campeão da Copa do Brasil sem utilizar o meia colombiano uma vez sequer no torneio.
Mas, claro, o São Paulo também pode perder jogadores importantes, como Beraldo, Pablo Maia e Rodrigo Nestor. O trio certamente receberá propostas do exterior e, dependendo dos valores oferecidos, o clube não conseguirá segurar. Rafinha também pode encerrar sua carreira.
As perdas, porém, têm um peso menor com Dorival Júnior no comando. O treinador deu mais uma amostra de que sabe como ninguém usar os elencos que tem em mãos. Ele pegou um São Paulo desmotivado, injetou ânimo e confiança e chegou ao título inédito.
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Lucas Moura comemora título da Copa do Brasil pelo São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
O técnico está cada vez mais vencedor e sabendo utilizar da melhor maneira possível a parte psicológica. Resgatar a confiança de quem está em baixa se tornou uma das especialidades do experiente comandante.
Além de tudo isso, o São Paulo volta a ser protagonista pela organização interna que vem demonstrando. As finanças do clube estão mais saudáveis, ainda mais com os R$ 70 milhões ganhos somente com o título da Copa do Brasil.
Desta maneira, a estrutura tem melhorado e os jogadores se sentem à vontade de atuar pelo clube tão maltratado nos últimos anos.
O futuro são-paulino é promissor. O troféu inédito pode ser um divisor de águas para o São Paulo deixar para trás os vexames e empilhar mais momentos gloriosos como o do último domingo.
Por Eduardo Rodrigues — GE- São Paulo
