As SAF (Sociedades Anônimas de Futebol) são sociedades empresariais que estão dedicadas à prática e fomento do futebol (masculino e feminino). Foram legisladas em 2021, pela lei 14.193/2021, que permite às associações civis sem fins de lucro migrar para as empresariais.
A lei permite às SAF o desenvolvimento de atividades relacionadas com o futebol, mas estão obrigadas a que seja nas modalidades masculino e também feminino, a formação de atletas profissionais, a exploração dos direitos intelectuais dos clubes, dos ativos, dos imoveis, poder fazer organização de espetáculos culturais e sociais e de esportivos.
Também tem mudanças na maneira da tributação, como os clubes estão isentos dos tributos de Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), as SAF têm um regime especial de 5% sobre as receitas mensais nos primeiros 5 anos, para depois baixar para 4%.
Outro ponto importante é que têm a possibilidade de obter recuperação judicial, para poder renegociar suas dívidas, tendo pagamentos em novos prazos e descontos. E vão poder, a través um regime centralizado de execuções, renegociar, unificadamente, dívidas com fornecedores, técnicos, funcionários, atletas e empréstimos.
Quais clubes do Brasileirão (Serie A) são uma SAF?
– América (MG): o conselho do clube aprovou criar a SAF no mês de julho deste ano e continua ouvindo ofertas de investidores, analisando cada proposta, fazendo uma avaliação exaustiva. Terá novidades no transcurso dos próximos meses.
– Atlético Mineiro: A empresa Galo Holding vai fazer um investimento inicial de um total de R$ 913 milhões, que será principalmente para o pagamento de grandes dívidas que tem o clube. A empresa vai obter a transferência do estádio (Arena MRV) e o centro de treinamento (Cidade do Galo).
– Bahia (BA): o clube vendeu 90% da sociedade para a empresa City Football Group, com gerenciando muitos clubes como Manchester City (Inglaterra), New York City (Estados Unidos), Girona FC e Palermo FC (Itália). O investimento vai ser de um total de R$ 1 bilhão, destinado para compra de jogadores, pagar dívidas, investimento em infraestrutura e nas categorias-base.
– Botafogo (RJ): foi cedido 90% da SAF para a empresa Eagle Football, empresa gerenciada pelo Jhon Textor, que também atua em outros clubes no mundo: Lyon (França), Crystal Palace (Inglaterra), RWD Molenbeek (Bélgica) e o FC Florida (Estados Unidos). O investimento inicial do holding foi de R$ 400 milhões, com planos de aumentar esse montante.
– Coritiba (PR): a empresa Treecorp obteve 90% da SAF, que investirá R$ 1,3 bilhões nos próximos 10 anos, que será para construir um novo centro de treinos, melhoras no estádio, dívidas e contratação de jogadores.
– Cuiabá (MT): a família Dresch (Drebor) é quem comanda o clube desde 2009, e alterou o contrato social com a nova lei SAF.
– Cruzeiro (MG): o ex-jogador Ronaldo, através da XP Investimentos, tomando o controle do 90% do clube, sendo solidário à dívida de R$ 1 bilhão.
– Vasco (RJ): a 777 Partners pegou o controle de 70% do clube por um valor de R$ 700 milhões e assumindo as dívidas pelo mesmo montante.
Fonte: Rondoniaovivo/ Foto: assessoria